quinta-feira, 6 de maio de 2010

Meu cantinho

Introdução

Sobre a minha escrivaninha há um recorte de jornal com os seguintes dizeres: Os cientistas da Universdade de Chicago procuram calcular a idade do homem baseando-se "maturidade", ao invés de em anos de existência. Descobrirão que muitos envelhecem, mas poucos chegam realmente a conquistar a verdadeira sabedoria da vida.
Até bem recentemente, a palavra "maturidade" não era pròpriamente um elogio. Dizer-se a uma mulher que era madura era o mesmo que chamá-la de gorda, deselegante e sem atrativos.
Econômica e socialmente a pedra de toque de nossa nação é a joventude. O sonho secreto de tôda mulher é aparentar eternamente vinte e cinco anos. O adjetivo mais convicente que pode ser usado por uma vendedora de casa comercial é "juvenil". Nossos anúncios baseiam-se em grande parte no desejo no desejo que todos têm de parecerem jovens, agirem e sentirem-se como tais. Os homens podem não demostrá-los tão abertamente quanto as mulheres, mas sentem-se iguamente preocupados em conservar a joventude. Todos os campos de gôlfe estão repletos de jogadores quarentôes que suam durante todo um fim de semana a ver se conseguem voltar à perdida elegância dos vinte anos - e fazem regime, seguindo-o à risca do mesmo modo que as espôsas.
Procura-se permanecer jovem e nem sempre por motivos frívolos. Hoje em dia, é uma necessidade econômica. A idade para a aposentadoria compulsória, tanto no comércio quanto na indústria, é ainda de sessenta e cinco anos em muitos casos e, para os que vivem de salário, torna-se gradativamente mas difícil permanecer no emprêgo depois dos trinta e cinco.
A América é a terra onde se cultua a juventude. Nas civilzações mais antigas as mulheres de meia - idade são ainda são ainda consideradas bonitas, encantadoras e desejáveis e os homens de mais de sessenta são considerados como merecedores de encantamento e respeito. Talvez a nossa atitude seja sòmente um reflexo da juventude de nossa nação, relativamente muito nova. Mas sejam quais forem as causas, o efeito é evidente: enganamo-nos a nós mesmo, individual e coletivamente, menosprezando as compensações da maturidade, pelo simples fato de, puerílmente, nos recusarmos a crescer e a nos comportarmos como adulto.
A juventude, com todos os seus atrativos, é sòmente uma preparação para a idade adulta.
O desejo de realizar, de ser útil, de fazer uso das próprias habilidades é o mesmo que desejar amadurecer. Maturidade é crescimento, desenvolvimento espiritual e emocional. E a tão temida velhice começa quando cessa êsse desenvolvimento. A expressão "growing old"* é contraditória. A velhice se instala somente quando cessa o desenvolvimento da mente ou da personalidade. Enquanto estivermos aprendendo, desenvolvendo ou produzindo, apreciando a vida, dando-lhes a nossa contribuíção, estaremos amadurecendo, quer tenhamos dezesseis anos ou noventa e seis. Envelhecemos, quando não mais podemos progredir. Não importa o que nos diga o calendário. Este é um livro que serve de orientação, no que concerne a diversos setores mportantes da vida, tais como as relações sociais e conjugais, nos quais o fator maturidade é de grande importância.

DOROTHY CARNEGIE.